Ode à LIBERDADE em tempos pandêmicos



Slogans rasos para dilemas complexos são o prelúdio para uma tragédia. A leviandade com que políticos semianalfabetos, burocratas autoritários, jornalistas intelectualmente desonestos e a massa que tem preguiça de pensar e pesquisar mais a serio as coisas por si, têm se aligeirado em tirar falsas conclusões a respeito da saúde humana, se pondo a repetir bordões tão reducionistas, quanto totalitários, é algo horripilante.

Fascismo, nazismo, marxismo e comunismo foram pulverizados como pesticidas mentais no mundo e os resultados agora estão sendo colhidos, pequenos ditadores que não sabem sequer a diferença entre ciência e cientificismo, que não entendem praticamente nada de saúde geral ou integral e nunca ouviram falar de campos de estudo e pesquisa recentes como a psiconeuroimunologia, simplesmente se põem a coagir uns aos outros e a tratarem-se como adversários por divergências sobre temas de saúde e outros que a maioria desconhece, ou pior, acha que conhece a partir do que é propagado por mídias militantes que não praticam jornalismo isento, mas propaganda ideológica, político partidária ou que servem a obscuros interesses de megacorporações.

Assim como durante o regime nazista o povo alemão acreditou na propaganda de que os judeus seriam opressores e espalhariam pestes e doenças, o que serviu de pretexto para segregá-los, hoje há gente acreditando e apoiando aqueles que dividem a sociedade entre trabalhadores essenciais e não essenciais, entre vacinados e não vacinados num apharteid sanitário tão cruel, quanto eugenista, desinformado e desumano.

Eu já não tenho mais palavras para expressar o meu choque e repugnância quanto ao nível de ignorância e malevolência de muitos disfarçada de empatia e preocupação reducionista com a saúde devido à credulidade em autoridades malignas e corruptas. O autoengano sincero tem limites. Hoje com a internet é possível cruzar informações de várias fontes mesmo com toda a censura sendo imposta. Então, só se engana e apoia a sanha autoritária quem tem preguiça de pesquisar, ler, estudar, conhecer e ponderar, licenciando a interdição do debate e a ausência de reflexão dialética e ética, colaborando para reeditarmos tempos totalitários.

Tempos sombrios esses onde a empatia foi mascarada, a expressão dos afetos demonizada, o respeito se perdeu em posturas raivosas amedrontadas e a mentalidade totalitária tornou-se celebrada como o novo normal, onde todos brigam contra todos, contra seus próprios familiares e amigos, seja para defender falsas conveniências, seja em prol de políticos fantoches e ideologias carcomidas recauchutadas; mais ainda, projetadas numa petulância grotesca de se achar que se sabe e que se deve impor o que é melhor para saúde de todo mundo, num coletivismo tão estúpido, superficial e massificado quanto estreito, ignóbil e fanatizado. E indigno de ser atribuído a pessoas humanas ou seres pensantes, talvez, destinado aos que podem estar se deixando retroagir a bestas humanas, humanos troço, humanos número, servos biocibernéticos, prontos para uma nova escravocracia vindoura.

É triste de se ver tanto potencial humano, tantas vidas sendo desperdiçadas, mas há que se admitir escolhas, o que não significa aceitar imposições totalitárias. Assim como os antigos, os novos nazistas, eugenistas, comunistas e fascistas hão de cair lá nos mesmos abismos do qual não saíram, e continuam a afligir, ou a encarnar através de nós. Eu vejo as suas faces e ouço a suas vozes na nossa ancestralidade e por aí à volta, nos rostos culposos, irados ou amedrontados de hoje em dia, e só posso alertá-los e chamá-los ao arrependimento, a humildade, a misericórdia, a autoconsciência e ao comedimento para que haja alguma redenção. Sei que muitos serão chamados e poucos escolherão atender a esse chamado. Mas não importa, só se pode ajudar, a quem deseja ser ajudado.

Essa é uma carta de ode à liberdade e de apelo à humanidade para recordar-se de suas quedas ao longo história, para aprender com elas e evitar repeti-las. Eu não tenho a pretensão de obrigar ninguém a concordar com a minha visão dos fatos, ou com o modo de cuidar da minha vida e saúde, mas também me reservo o dever de questionar e duvidar de todo aquele que se porte como dono de alguma verdade a ponto de coagi-la a todos os demais usando como subterfúgio “salvar vidas” de modo maniqueísta, histriônico, inculto, presunçoso e insipiente.

Seja em nome da religião, da ciência, da política ou da ideologia, o que a história revela é que todos os que incorreram na certeza de seus próprios dogmatismos, deixaram rastros de morte, injustiça e destruição devido aos seus abusos de poder. Demonizaram o próximo enquanto na verdade se tornavam endemoniados. Usaram retóricas de ordem social, de bem comum e de querer salvar vidas para se apoderar da vida alheia. Causaram danos irreparáveis e assassinatos em massa. Excomungaram e torturaram desafetos. Sua herança é a matança com requintes de crueldade, abusos de todos os tipos a pesar na memória de toda a humanidade.

Será que aprendemos? Eu tenho minhas dúvidas de tantos pequenos ditadores que tenho visto por aí, de tantos herdeiros diretos e esquecidos de seu gene totalitário. De tanta gente que observo apoiar sem nenhuma vergonha a corrupção e que convive orgulhosamente com a mentira, o dolo, a fraude e a enganação.

Todavia, rogo pra que o número de despertos seja o suficiente, talvez não para superar o de alienados que é imenso, mas para sensibilizar a Misericórdia Divina a atuar com mãos de luz sobre as sombras da humanidade, trazendo cura, liberação e oportunidade de regeneração a todos os fiéis buscadores do amor e da sabedoria de hoje, de ontem e de sempre. Em especial, considerando a liberdade e a dignidade humana daqueles que recusam-se em renunciar a sua inteligência, a sua alma e a sua própria consciência em favor de dominadores e perpetradores tecnocratas, subjugadores e modeladores do pensamento de massa, escravocratas totalitários.

No fundo, toda gente ressentida, mesquinha, possuída por podres poderes da obscuridade e que vive numa prisão mental, autoindulgente ou materialista de tal modo que só consegue usar a sua imaginação para desejar o aprisionamento de todos os demais ao "novo normal". Todavia, como tudo no universo funciona por ressonância, a genuína liberdade vem de dentro e compete a todos e a cada um que aspire outra linha temporal, distanciar-se cada vez mais disso, transfigurando suas próprias semelhanças, iluminando suas sombras no melhor que puder.  

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